quarta-feira, 31 de outubro de 2007

JEEP WILLYS - Tributo a uma lenda

Robusto, ex-combatente de guerra, sem conforto algum, porém, carismático. Será esse o motivo de tanto assédio? Bom, como paixão não tem explicação, a indagação fica sem resposta.

No entanto, para provar seu amor, aficcionados por esse modelo realizaram no Inace - espaço anexo ao Marina Park - último sábado, das 14 às 18 horas, um verdadeiro tributo ao legendário veículo.

Para comemorar centenário do norte-americano John North Willys, proprietário da Willys Overland Company - montadora que o concebeu - realizaram o I Encontro dos Jeepeiros Willlys de Fortaleza.

Egídio Pelúcio, organizador do evento, se declara um apaixonado por Jeep Willys desde quando seu pai, Herialdo Pelúcio, possuía um, ano 1954. De amante, acabou virando um acadêmico no assunto. Quem o escuta, sabe que carrega a história do veículo na mão.

A idéia do I Encontro surgiu exatamente assim, através de suas leituras. Ao saber do centenário de John Willys viu que esse detalhe era o bastante. “Eu comecei a conversar com amigos e a idéia foi crescendo para a realização de um encontro de jeepeiros em Fortaleza. Será que dá para juntar 100 Willys de cada ano?”, perguntou para si mesmo.

Na verdade, o I Encontro foi mais do que o esperado. A resposta foi avassaladora. Em pouco tempo, 154 pessoas confirmaram a presença para expôr o seu.
Na exposição, havia Jeeps Willys de quase todos os anos. Desde o último, fabricado em 1983, como um especialmente adaptado para a menor mulher do mundo (69 cms de altura), a cearense Vitória Araújo, que está no Livro dos Recordes (Guinness Book) desde 1995.

O acervo particular de Egídio Pelúcio é invejável: 20 Willys dormem na sua garagem. Dos quais três estão em fase de recuperação. Alguns já vêm com nome de batismo como, Sertanejo e Penélope.

Da coleção, o seu preferido é o Willys de 1951. Ele declara que a razão disso se dá por dois fatores: um, porque foi o seu primeiro Willys e, segundo, por ter a mesma data de seu nascimento.
Para André Dias, um outro colecionador, o Jeep mais cobiçado é o de 1942, pelo fator histórico - sua ligação com a II Guerra Mundial. Porém, de acordo com Egídio Pelúcio, o mais desejado é o que foi menos produzido. “É um Jeep alongado que levava o apelido de Bernardão, fabricado em 1960”, aponta. Raridade desejada por muitos.
Na própria ocasião, montou-se um cenário de guerra para mostrar ao público as raízes do veículo, de onde ele realmente originou-se.
Para quem não sabe, na II Grande Guerra ele serviu em todas as frentes de batalha e se tornou uma parte vital de toda ação em terra. Utilizaram-no como veículo de reconhecimento, transporte e outras missões que as circunstâncias criavam, desde areias do deserto africano como as gélidas regiões da Islândia.

Atualmente, o herdeiro da marca é o Jeep Cherokee. Entretanto, o Willys nunca deixou de ser lembrado e referenciado. É como dizem seus adoradores: “foi fiel como um cachorro, forte como uma mula e ágil como um cabrito”.

JEEP WILLYS

Paixão esquece limites

A frase diz tudo: “Adoro carro antigo. Recuperei, não troco e não vendo”. Paixão ou doidice, há sete anos, André Dias, representante comercial, tem o seu Jeep Willys que, carinhosamente é chamado por “Sucatinha II”.

Sobre o quanto gastou para recuperá-lo, prefere não revelar. “Rapaz, depois dos R$ 7.500 deixei de contar. O resto foi só emoção”, desabafa.

Para provar sua força, segundo ele, usa seu Jeep só no final de semana, mas vai com ele para qualquer lugar, seja shopping ou praia. “Quando estou com ele e trafego na beira-mar, por exemplo, os olhares de admiração vêm tanto da geração mais antiga como também dos meninos. É comum quando dirijo, as pessoas em outros veículos acenarem ou buzinarem sorrindo como sinal de confraternização”, lembra, alegre.

A marca Willys nasceu com a compra da Overland Automobile Company - sediada em Indianópolis, Indiana, nos Estados Unidos - por John North Willys, bem-sucedido empresário e presidente da American Motor Car Sales, representante de diversas marcas de automóveis.

Depois de afetada pela crise mundial dos anos 30, a Willys apresentou nos EUA, em 1940, o utilitário General Purpose - que ganharia o mundo com a transcrição fonética das iniciais GP, ou seja, Jeep.

Já em 1970 apareceu um modelo mais luxuoso o Renegade. Quatro anos depois, surge o modelo Cherokee, que traz um design mais esportivo. Esse modelo viria a se tornar o mais popular da marca Jeep.

Salto no tempo: o ano é 2005. A 3ª geração do Jeep Grand Cherokee possui tecnologia de ponta. ESP, BAS, ABS, EBD para atender aos anseios do moderno consumidor de Utilitários Esportivos. dn

2 comentários:

Unknown disse...

Achei muito interessante a assunto abordado em seu blog e gostaria de dizer que fiquei feliz por ver que utilizou a foto do meu jeep bernardao.

Parabens, realmente o jeep willys é uma lenda a qual poucos sabem do valor destes automoveis.

Túllio disse...

Muito bom mesmo!Adoro o Jeep! Veja o meu em
Jeep&Relíquias
http://jeep-reliquias.blogspot.com/