sábado, 6 de outubro de 2007

Nissan Sentra 2.0 S manual


No lançamento do Novo Sentra, a Nissan fez questão de ressaltar uma característica que julgava ser diferencial em relação aos concorrentes do mercado: este não tem cara de "tiozão". Pois bem, o AutoZ rodou 450 quilômetros com a versão 2.0 S, com câmbio manual, e percebeu que o desempenho está mais para o "sobrinho" do que para o "tiozão", apesar do porte imponente ainda caracterizar um público mais maduro. O "lado jovem" do carro pode ser notado nas arrancadas e dirigibilidade mais esportiva. Assim, tanto na estrada quanto nas ruas, o carro atrai olhares de todos.

O Sentra chegou para esquentar a concorrência no mercado de sedãs médios, que já conta com Chevrolet Vectra, Toyota Corolla, Honda New Civic e Renault Mégane. Como dizem que "a primeira impressão é a que fica", a certeza da competitividade é clara ao olhar as linhas do Sentra. Na parte frontal ele traz grade robusta que impõe respeito, contendo o logotipo da Nissan centralizado. Na lateral é possível observar a linha de cintura alta e ter idéia do bom espaço interior do modelo. As rodas de 15 polegadas agregam esportividade e, somadas às linhas arredondadas, dão um ar moderno e atual ao carro.
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A traseira é alta e as lanternas são envolvidas por um acabamento cromado, que segue tendência atual, já utilizada em vários modelos do mercado. A abertura do porta-malas, feita por meio de um botão localizado no controle do alarme e trava, também implica visual mais limpo, já que o tradicional local para colocar a chave não existe. Enfim, o design é um belo cartão de visitas, que consegue mostrar bem o que está por vir no interior.

Bem-vindo ao Sentra

Ao entrar no veículo, o condutor irá deparar com bom acabamento. Nada muito luxuoso, pois há bastante plástico - fator que não decepcionará, pois é compensado pela utilização de linhas arrojadas com bastante curvas. Não existem formas quadradas, mas um ambiente que aspira juventude. Ao ligar o veículo, o computador de bordo com luz alaranjada mostra que a tecnologia está presente. Por meio dele, o usuário pode dirigir tranqüilo, sabendo o tempo de viagem, o consumo médio de combustível e a quilometragem que é possível percorrer. Além disso, o usuário pode visualizar a estação de rádio e informações de segurança, como, por exemplo, se o porta-malas está aberto ou se as portas estão fechadas.
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Outro ponto positivo é o silêncio no habitáculo durante a condução. O usuário mal consegue ouvir o barulho do motor e o som do ambiente externo também não consegue atrapalhar quem está no veículo. O conforto é outro aspecto de destaque. Os bancos são envolventes, deixando condutor e passageiros bastante confortáveis. A visibilidade é boa, refletindo em mais comodidade na direção. Ao dirigir, o condutor sente ter domínio total do veículo, característica acentuada pela direção elétrica com assistência variável. A versão com câmbio manual de seis marchas apresenta trocas curtas e suaves, que torna ainda mais prazerosa a condução em rodovias.

Para quem gosta de espaço para colocar objetos, ele também não desaponta. O porta-luvas é amplo, capaz de levar vários itens. No console central há uma abertura que também pode abrigar objetos, além de dois porta-copos reguláveis. No lado esquerdo do volante, abaixo do painel, o motorista conta com outra abertura, que pode ser utilizada para guardar documentos. O porta-malas traz um recurso interessante: uma divisória que reparte o espaço em dois níveis. Assim, a bagagem fica bem acomodada e não se desloca no decorrer do trajeto.


Se quiser ouvir músicas, com CDs ou arquivos MP3, o usuário terá praticidade. Isso porque ao baixar o quebra-sol o motorista avistará um porta-CDs no teto, que pode abrigar vários discos.

Desempenho é destaque

O motor 2.0 16V, a gasolina, apresenta 142 cavalos de potência com quatro cilindros em linha. Com ele, a sensação para o motorista é de resposta rápida em arrancadas e força durante subidas. O conjunto permite acelerar de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos e atingir a velocidade máxima de 194 km/h, de acordo com a montadora. A relação de consumo mostrou-se boa. A média na cidade ficou em 9,5 km/l. Na estrada o carro mostrou alcançar melhores resultados, fazendo, em média, 12 km/l.


A troca de marchas é outro fator que dá um toque esportivo para o Sentra. Da primeira à quinta marcha as trocas são curtas, semelhantes a um modelo mais esportivo. A sexta marcha já é mais longa, favorecendo quem busca economia de combustível. A agilidade do Sentra não prejudica a segurança. O veículo traz freios ABS de 4 canais e 4 sensores que possuem controle eletrônico de distribuição de força (EBD), que amplia a estabilidade e a aderência nas frenagens.

Mercado

O Nissan Sentra tem personalidade para brigar com os concorrentes e certamente tem espaço no mercado. Os números mostram essa questão. As vendas registraram crescimento, de acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). No mês de agosto o modelo vendeu 553 unidades, crescimento de 4,09% em relação ao mês de julho, quando 524 unidades foram vendidas. Mesmo com o crescimento, o sedã da Nissan ainda está distante, em número de unidades vendidas, de modelos que já estão no mercado há mais tempo, como New Civic, Corolla e Vectra. O New Civic, líder no segmento de sedãs médios, por exemplo, somou 3.616 unidades vendidas em agosto. Apesar disso, o Sentra mostra, pelo desempenho, conforto e design, que tem "cacife" para encarar esses adversários.

A versão de entrada do modelo, o Sentra 2.0 com câmbio manual, tem preço inicial de R$ 58.500,00. Já o Sentra 2.0 S, também com câmbio manual, sai a partir de R$ 63.500,00. A versão mais equipada, 2.0 SL, com câmbio automático, tem preço a partir de R$ 81.700,00.

AutoZ

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