quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Carros flex


Enquanto os Estados Unidos quebram a cabeça com uma forma de combustível alternativa e continuam brigando com a Venezuela e o Oriente Médio pelo petróleo, o Brasil mostra para o mundo o potencial de seu combustível com etanol e as pesquisas de biodiesel, tanto que os carros flex já lideram desde o ano passado as vendas.

Em setembro os veículos movidos a álcool e gasolina atingiram a marca de 4 milhões de unidades vendidas no Brasil (4.023.671 é o total de vendas acumuladas desde o lançamento, em março de 2003, até set. 2007). São ofertados no mercado brasileiro 63 modelos flex, produzidos no Brasil e Argentina. As marcas que produzem o produto são: Citroën, Fiat, Ford, General Motors, Honda, Mitsubishi, Peugeot, Toyota e Volkswagen.

O mundo está de olho no flex brasileiro. É muito comum nas fábricas comitivas norte-americanas, japonesas, coreanas e indianas para conhecer o processo industrial brasileiro.

Comercialmente, os carros equipados com a tecnologia Flex Fuel estão disponíveis para o consumidor desde 2003 e, atualmente, 90% da frota de veículos leves produzidos no País saem de fábrica oferecendo ao consumidor a possibilidade de escolher qual o combustível deseja usar.

A Bosch foi a marca escolhida pela PSA Peugeot Citroën para fornecer o sistema Flex Fuel que equipará os motores dos novos Peugeot 307 SW BioFlex e Citroën C4 BioFlex, com motores de 1,6l e 16V, que serão lançados em setembro, inicialmente na Suécia e depois na França. Pioneira no desenvolvimento do Flex Fuel, a Bosch é a primeira empresa no Brasil a instalar o flex em carros fora do País.

Assim como a brasileira, a versão européia do sistema Flex Fuel Bosch é capaz de reconhecer e adaptar, automaticamente, as funções de gerenciamento do motor para trabalhar com qualquer proporção de álcool resultado da mistura de combustíveis que o usuário abasteça no tanque - porém, diferentemente do Brasil, na Europa esses combustíveis são o E85 (uma mistura de 85% de álcool e 15% de gasolina) e a gasolina pura. Mas não é só o etanol que interessa os estrangeiros. O biodiesel também faz parte dos planos. Mas aí já é outra história.

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