Foi-se o tempo das piadinhas sobre mulheres ao volante. Pelo menos no Japão, onde elas têm ganhado cada vez mais espaço nas ruas. Hoje, entre 30% e 40% dos que possuem habilitação no arquipélago são mulheres. As montadoras, é claro, já perceberam o potencial deste mercado e apostam alto neste público. Não é raro ver pelas ruas do Japão veículos, na grande maioria minicarros – ou kei jidosha, como são chamados – voltados exclusivamente a elas.
No Salão do Automóvel de Tóquio, que vai até dia 11 de novembro, os carros projetados especialmente para as mulheres estão em destaque. No estande da Suzuki, por exemplo, os carros-conceito disputam a atenção com os modelos da Wagon R. O lançamento da linha é o Stingray, que chegou às ruas do Japão no primeiro semestre deste ano. Ele possui porta-copos, gancho para sacolas nas costas dos bancos dianteiros, porta-luvas espaçoso, entre outros acessórios.
Ainda, para agradar o público feminino, retirando-se o assento do banco do passageiro há uma espécie de cesto. Além disso, deitando o encosto, o banco vira uma espécie de mesinha. Ou, como sugere o responsável pela divisão de design, a motorista ganha mais espaço para trocar botas e sapatos. Para completar, o banco do motorista é ajustável – para cima e para baixo – assim como a altura do cinto de segurança.
Futilidade? Não para elas, que adoram os “mimos” e ajudam a Suzuki a liderar o segmento, a frente da Daihatsu e da Mitsubishi. O setor comemora as vendas, que só têm crescido nos últimos anos. Enquanto os automóveis tradicionais amargam uma queda de 6% ao ano nas vendas, os minicarros crescem 2,5%. Em 2006, pela primeira vez na história, a venda dos kei jidosha alcançou 35% do mercado, acima dos 24% registrados há uma década.
Segundo a assessoria de imprensa da Suzuki, um dos fatores que levou a montadora a investir neste mercado é o fato de as mulheres estarem cada vez mais independentes. Elas trabalham mais e têm o próprio dinheiro. Por isso, a empresa não esconde de ninguém que faz carros pensando somente nas mulheres. Isso não quer dizer que os homens não usem a marca. Pelo contrário, ele é o preferido também de jovens e maridos, diz o responsável pela assessoria de imprensa.
Já a Nissan é direta: os carros não são para um só público. “Fazemos veículos com design para ajudar o consumidor, seja ele quem for”, explica Akihiko Sekiguchi, gerente do departamento de planejamento de produtos. Mesmo assim, ele confessa que alguns detalhes nos carros, como cores e acessórios, são pensados para o público feminino.
Sekiguchi cita alguns modelos que caíram no gosto das mulheres: Moco, March e o Pino. Este último, cujo nome foi inspirado em Pinóquio, tem os bancos revestidos com um tecido mais chique, um design frontal diferenciado e a calota inspirada em um floco de neve.
Outra montadora que não admite publicamente que faz carros para as mulheres, mas “inventa” acessórios para elas é a Honda. O carro mais popular da marca entre elas é o Fit. Segundo o engenheiro-chefe Kohei Hitomi, as mulheres são responsáveis por cerca de 50% das vendas do modelo. “Mesmo com esse sucesso todo, não vendemos o Fit como se fosse um carro feminino”, diz. Entre as “vantagens” para as motoristas estão o banco e a direção ajustáveis, porta-copos, porta-luvas espaçoso e muitas cores para se escolher.
Os kei jidosha
Para ser considerado um minicarro, os motores têm de ter no máximo 660 cilindradas e as dimensões não podem ultrapassar 3,5 metros de comprimento, 1,5 metro de largura e 2 metros de altura. Além da vantagem de ganhar espaço, principalmente nas grandes cidades japonesas, os proprietários pagam impostos e pedágios mais baratos.
No Salão do Automóvel de Tóquio, que vai até dia 11 de novembro, os carros projetados especialmente para as mulheres estão em destaque. No estande da Suzuki, por exemplo, os carros-conceito disputam a atenção com os modelos da Wagon R. O lançamento da linha é o Stingray, que chegou às ruas do Japão no primeiro semestre deste ano. Ele possui porta-copos, gancho para sacolas nas costas dos bancos dianteiros, porta-luvas espaçoso, entre outros acessórios.
Ainda, para agradar o público feminino, retirando-se o assento do banco do passageiro há uma espécie de cesto. Além disso, deitando o encosto, o banco vira uma espécie de mesinha. Ou, como sugere o responsável pela divisão de design, a motorista ganha mais espaço para trocar botas e sapatos. Para completar, o banco do motorista é ajustável – para cima e para baixo – assim como a altura do cinto de segurança.
Futilidade? Não para elas, que adoram os “mimos” e ajudam a Suzuki a liderar o segmento, a frente da Daihatsu e da Mitsubishi. O setor comemora as vendas, que só têm crescido nos últimos anos. Enquanto os automóveis tradicionais amargam uma queda de 6% ao ano nas vendas, os minicarros crescem 2,5%. Em 2006, pela primeira vez na história, a venda dos kei jidosha alcançou 35% do mercado, acima dos 24% registrados há uma década.
Segundo a assessoria de imprensa da Suzuki, um dos fatores que levou a montadora a investir neste mercado é o fato de as mulheres estarem cada vez mais independentes. Elas trabalham mais e têm o próprio dinheiro. Por isso, a empresa não esconde de ninguém que faz carros pensando somente nas mulheres. Isso não quer dizer que os homens não usem a marca. Pelo contrário, ele é o preferido também de jovens e maridos, diz o responsável pela assessoria de imprensa.
Já a Nissan é direta: os carros não são para um só público. “Fazemos veículos com design para ajudar o consumidor, seja ele quem for”, explica Akihiko Sekiguchi, gerente do departamento de planejamento de produtos. Mesmo assim, ele confessa que alguns detalhes nos carros, como cores e acessórios, são pensados para o público feminino.
Sekiguchi cita alguns modelos que caíram no gosto das mulheres: Moco, March e o Pino. Este último, cujo nome foi inspirado em Pinóquio, tem os bancos revestidos com um tecido mais chique, um design frontal diferenciado e a calota inspirada em um floco de neve.
Outra montadora que não admite publicamente que faz carros para as mulheres, mas “inventa” acessórios para elas é a Honda. O carro mais popular da marca entre elas é o Fit. Segundo o engenheiro-chefe Kohei Hitomi, as mulheres são responsáveis por cerca de 50% das vendas do modelo. “Mesmo com esse sucesso todo, não vendemos o Fit como se fosse um carro feminino”, diz. Entre as “vantagens” para as motoristas estão o banco e a direção ajustáveis, porta-copos, porta-luvas espaçoso e muitas cores para se escolher.
Os kei jidosha
Para ser considerado um minicarro, os motores têm de ter no máximo 660 cilindradas e as dimensões não podem ultrapassar 3,5 metros de comprimento, 1,5 metro de largura e 2 metros de altura. Além da vantagem de ganhar espaço, principalmente nas grandes cidades japonesas, os proprietários pagam impostos e pedágios mais baratos.
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